Um dos tornados formando-se nos limites
de Criciúma, fotografado do centro da cidade.
No fim de março de 2004, o litoral sul catarinense foi atingido por um furacão que devastou a região, incluindo o extremo norte da costa do Rio Grande do Sul. Foi algo que jamais havia sido registrado no Atlântico Sul. Tão inédito que os técnicos dos órgãos de referência nacional em meteorologia (Inpe e Inmet) recusaram-se a acreditar nele mesmo depois de ter devastado a região com ventos constantes de 150 Km/h. Em nota conjunta publicada em 29 de março, classificaram o fenômeno como "híbrido", um cliclone extra-tropical (comum no oceano) que havia assumido características de um furacão ao aproximar-se da costa. Quatro dias antes, no entanto, centros de meteorologia norte-americanos (acostumados a esse tipo de evento) e locais (Epagri e Climaterra, em Santa Catarina), já alertavam para a chegada de um furacão. A diferença entre ciclone e furacão, no entanto, passou a ser uma discussão meramente técnica - e sem sentido para quem viu casas serem arrancadas do chão.
Foto do Catarina divulgada pela Nasa em 26 de março
de 2004, pouco antes do furacão atingir a costa.
Alterações climáticas, como a mudança da temperatura do oceano em decorrência do aquecimento global, podem ser responsáveis pelo aparecimento desses ventos incomuns. Mas isso é coisa para ser confirmada pelos estudiosos do assunto - daqui a vários anos, é claro. Para quem gosta de especular sobre a iminência de catástrofes naturais, no entanto, há argumento para uma teoria conspiratória climática, como no filme "O dia depois de amanhã".
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