sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Virada

No Campeche, casa da Cris Fontinha e do Maurício. Ano Novo vai ser na praia.

Ano Novo

O ano de 2009 terminou com algumas coisas dando errado. O de 2010 chegou perto do fim com as mesmas coisas começando a dar certo. A diferença entre os dois momentos - agora fica mais fácil ver -não era afinal o que acontecia do lado de fora, mas do lado de dentro da cabeça. Resolução para 2011: tentar mantê-la no lugar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ferrari

 id=Família toda no Desafio das Estrelas, prova de kart promovida pelo Felipe Massa no kartódromo do Sapiens Parque, em Canasvieiras, Florianópolis, no dia 19 de dezembro. Todo mundo com camiseta e boné da Ferrari, cortesia do patrocinad0r do Massa, o banco Santander.

domingo, 21 de novembro de 2010

Caraguatá


Depois que deixei meu antigo emprego, estou me sentindo um atleta. Brincadeira, é claro, mas consegui por enquanto trocar uma vida absolutamente sedentária por alguma atividade física. Tenho caminhado todas as manhãs, durante 45 minutos, parte do trajeto na pista de caminhada do Parque Ecológico do Córrego Grande. Já é um começo.

A prática diária durante quase um mês já me deu algum preparo físico, creio eu. Ao menos consegui aguentar numa boa - durante e depois - uma caminhada de cinco horas na mata, na segunda-feira de feriado, dia 15 de novembro. Acompanhei um grupo de Antônio Carlos, cidade natal da Cléia, numa caminhada ecológica promovida pela prefeitura, como parte das comemorações dos 47 anos de emancipação do município.


Exibir mapa ampliado

O destino foi a Reserva do Caraguatá. Trata-se de uma reserva particular do patrimônio natural, uma área de propriedade privada destinada à preservação, com reconhecimento dos órgãos públicos ambientais, com 1.854 hectares (18,5 km², ou uma vez e meia a área continental de Florianópolis). Leva o nome de uma orquídea típica da região.

Ali estão as nascentes de cinco rios, todos os que passam por Antônio Carlos e São João Batista. A preservação de fontes de água, além de uma variedade de plantas e animais, é uma das principais funções da reserva. É uma região acidentada, de Serra, com belas cachoeiras, onde antigamente funcionavam serrarias e carvoarias. Valeu o passeio, mesmo com chuva.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Emprego novo

Agora, sim, estão acabando as férias. Começo no novo emprego na terça-feira, depois do feriado. Saí do antigo, como editor do Notícias do Dia, em 20 de outubro, assim que recebi a convocação da Udesc. O intervalo entre um e outro vai fechar então em quase um mês. Está de bom tamanho.

Vou fazer a assessoria de imprensa do Cefid, unidade da Udesc no bairro Coqueiros, em Florianópolis, onde estão os cursos de Educação Física e Fisioterapia. Acho que vai ser um trabalho bastante interessante, com muita coisa boa para divulgar. E mais próximo da divulgação científica, algo com que eu sempre quis trabalhar. Sem contar que devo ter um pouco mais de tempo para a família.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

O brilho do velho Paul

Sim, eu estive no show de Paul McCartney em Porto Alegre no domingo à noite (7) e só consegui escrever algo sobre o assunto agora. Esse negócio de tirar férias acaba com o tempo da gente. Ainda bem que descansei um pouco também da mídia e não acompanhei debates no twitter sobre a vaia que recebeu a fã chamada ao palco para receber um autógrafo no braço ao dizer que era de Florianópolis. Xenofobia enche o saco - lá e cá - e não é assunto que deve se misturar à apresentação de um beatle.

Paul fez um espetáculo, interagiu com o público na medida certa. Entre 0s grande artistas que assisti ao vivo, só consigo comparar o show ao de Eric Clapton, que assisti em Florianópolis nos anos 1990 - ou será fim dos 80? - em Florianópolis, também num estádio de futebol. Mas era, ao menos em relação ao tamanho do público, um evento bem menor.

Assistir a um megashow como o de domingo pode parecer uma opção irracional. E é, de certa forma. Paga-se um ingresso caro para viajar 500 quilômetros, enfrentar horas e filas e ficar lá no meio do gramado, de onde a grande lenda do rock parece menor que um playmobil. Claro que existem os telões do tamanho de um edifício e o som ao vivo, mas a acústica de um estádio perde feio para qualquer home theater caseiro e a edição caprichada de um DVD - tenho um do Paul aqui em casa, por falar nisso, da turnê Back in the US, que é quase o mesmo show e exatamente a mesma banda - traz mais imagens e detalhes que qualquer apresentação ao vivo.

Mas há uma certa mágica que não entra nas gravações. Décadas de vida de um fenômeno deixam uma aura difícil de apagar. O baterista Abe Laboriel Jr., da banda de apoio de Paul, definiu bem numa entrevista o que mais o impressiona no ex-beatle. "Alguém que já fez tanto e ainda quer mais". Paul está com 68 anos, mais de 50 se passaram desde Yesterday, e se não tem mais aquela carinha de anjo, em nada parece cansado. É bom vê-lo no palco se divertindo tanto quanto o público, com uma espontaneidade difícil de duvidar. Valeu Paul, por tudo o que você fez e continua fazendo.

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Velejada

Retomar blog parado tem dessas coisas. Atraso de uma semana para dar notícia de alguns acontecimentos - o que, no tempo de internet, é pré-histórico. Mas como eu costumava dizer nos meus tempos de blogueiro mais assíduo, o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser.

Essa é só pelo prazer mórbido de provocar invejinha em quem está ralando. Essas férias interemprego têm me permitido alguns luxos, afinal. Como o de sair numa sexta-feira à tarde para velejar com meu amigo Gian (o dono do barco, claro), adepto de uma forma produtiva de vagabundagem em tempo parcial - trabalha como consultor, sem expediente fixo.

A velejada foi bem radical - para os nossos padrões. Bom vento, barco veloz, adernando bem. E enchendo de água em alguns momentos. Só não conseguimos ainda virar o bichinho. As imagens abaixo eu gravei - alguém tinha que cuidar do leme - e o Gian editou. Mais detalhes aqui.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mudanças

Minha relação com esse blog pode ser definida como de negligência. Começo a escrever e sempre o abandono, o deixo à deriva, até que retorno a blogosfera e o resgato novamente de sua órbita errante. Nesses momentos, costumo mudar o layout, como fiz agora.

Em geral, isso significa uma de duas coisas. Ou uma vontade de mudar ou uma mudança de fato na minha vida. Nos últimos 12 meses, houve algumas dessas alterações de rumo, pouco documentadas aqui. As últimas, porém, merecem registro.

Estou mudando de emprego pela segunda vez em menos de um ano, mas em condições bem diferentes da anterior - o que quer dizer que estou mais feliz. Fui convocado para assumir uma vaga de assessor de imprensa na Udesc. Por isso saí do jornal Notícias do Dia, onde era editor de Cidade. Estou aproveitando uns dias de férias, antes de assumir o novo posto.

Estava há algum tempo cansado do trabalho em redações e o novo trabalho sinceramente me anima. Sempre tive interesse pela área de divulgação científica, mas nunca tive oportunidade de trabalhar diretamente com isso. Agora talvez tenha. Mais notícias em breve.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tempo

Einstein sabia o quanto estava certo quando disse que o tempo é relativo. Tão relativo quanto opressor. Por que nos esforçamos tanto para nos tornarmos escravos do tempo, então. Domá-lo, fazê-lo trabalhar a favor, e não contra você, atualmente me parece o segredo da felicidade.

Divagação? Pode ser. É que acabo de ler Isaac Asimov.

domingo, 25 de abril de 2010

A minha antiga escola fechou

Foi esse o título que dei a uma das matérias do jornal que editei na sexta-feira. E era realmente a minha antiga escola, uma das três que foram fechadas pelo governo nos últimos tempos na cidade. A cada dois anos volto lá para votar – propositadamente nunca informei à Justiça Eleitoral minhas mudanças de endereço. Revejo as salas de aula – reformadas, um pouco profanadas por um pano seco passado sobre a poeira da memória – e o pátio onde antigamente hasteava-se a bandeira do Brasil no mastro mais alto.

Acho que era uma vez por semana. Os estudantes eram perfilados antes do início das aulas e, em formação militar, cantavam o hino nacional. Lembro vagamente que um dia eu mesmo, com oito ou nove anos, hasteei a bandeira. É uma lembrança esfumaçada, do tipo que vira verdade por preguiça, quando o trabalho de checar os fatos não vale a pena.

Não lembro muito bem dos três anos que passei lá, os primeiros de minha vida escolar – não os primeiros da minha educação formal, já que fui alfabetizado em casa pela minha irmã, que me ensinou também a fazer algumas contas. Morava em frente à escola, só saía de casa para a aula depois que soava o sinal. Na hora do recreio, ia até o muro, minha mãe atravessava a rua e me trazia um lanche – hoje os muros estão mais altos. Vivia pouco a escola. Ali praticamente só estudava. De tão próxima, foi algo um tanto distante.

Mas confesso que aquele lugar ainda é algum tipo de referência. Lembro da primeira coisa que devo ter escrito, antes de ser alfabetizado, talvez com uns cinco anos: o nome da escola. Em pé no quintal de casa, perto do portão, observei aqueles grafos pintados na fachada do prédio, do outro lado da rua. Então os desenhei com um lápis, copiando letra por letra, para depois mostrar para minha mãe, orgulhoso, aquela minha primeira obra literária rabiscada num pedaço de papel de embrulho de pão.

A propósito, naquele tempo ainda não se usavam esses saquinhos plásticos de supermercado, nem os de papel em que se colocam hoje os pães. Eles eram comprados na venda e iam para casa embrulhados num papel grosseiro, retirado de um rolo, como as lojas fazem hoje com os papéis de presente. Depois o pacote era amarrado com barbante. Em casa, o “papel de pão” nunca ia direto para o lixo. Virava escrita. Lembretes, pequenas listas de compras. Era o contato primitivo com a grafia.

Não sinto exatamente saudade da escola quando vou lá, mas não posso evitar um certo carinho por aquelas filas de salas de aula com as portas dando diretamente para o pátio, em corredores com cobertura, mas abertos como varandas, o conjunto todo assentado sobre um terreno irregular, no alto do morro. Talvez não possa voltar a visitá-la este ano, já que foi fechada há alguns meses. É uma pena. A Escola Básica Professora Otília Cruz foi, de certa forma, minha porta de saída para o mundo.