É bom que os eleitores não votem em políticos envolvidos em escândalos com dinheiro público, mas o debate sobre a corrupção no país deve ir além disso. A corrupção é estrutural no Brasil, faz parte de uma síndrome praticamente congênita do Estado. Claro, não é por ser estrutural que não possa ser combatida, mas nenhum presidente vai pode acabar com essa praga por iniciativa própria, mesmo que sinceramente o deseje. Sinto muito.
Uma maneira séria de combater a corrupção é aperfeiçoar as instituições capazes de atuar contra o problema. E isso não depende só do Executivo - embora ele deva colaborar - mas fundamentalmente do Judiciário e do Legislativo. É aí que está o nó. A França reduziu bastante a corrupção mudando a lei do orçamento. Fez a lição de casa que não aprendemos com o escândalo dos anões, em 1992. O caso dos sanguessugas nada mais é do que um repeteco da bandalheira da era Collor.
Só que é muito difícil que um Legislativo como este faça alguma mudança séria nas regras do orçamento, como acabar com as emendas individuais. O Congresso precisa ser limpo. Isso poderia ser feito por uma combinação de duas coisas: o voto e uma atuação mais firme e eficiente do Judiciário (incluindo o Ministério Público). Com um Judiciário lento e pouco independente dos outros poderes, fica difícil fazer algo funcionar. Sem punição, os maus políticos controlam o sistema eleitoral e o cidadão-eleitor fica sem muita alternativa.
Por isso cada vez mais acredito que a raiz de tudo está na educação. Um povo educado participa mais ativamente da democracia e tende a perceber com mais nitidez que dinheiro público não é do governo. É seu. Um povo educado, alfabetizado e criativo, é menos dependente do próprio Estado e mais capaz de pressioná-lo para que mude. Mas aí estamos falando de médio e longo prazo. Primeiro, é preciso que haja na sociedade um consenso grande o suficiente para que a educação seja considerada prioridade de Estado (mais do que de um governo). Aí poderíamos ter um sistema nacional de educação - não isso que temos hoje.
segunda-feira, 31 de julho de 2006
sábado, 29 de julho de 2006
Repórter de Polícia
O colega Marco Zanfra acaba de lançar o blogue Repórter de Polícia. Com experiência na área, Zanfra publica comentários que ajudam a enriquecer o trabalho dos profissionais dessa área tão específica e pouco valorizada do jornalismo. Já entrou para a lista dos blogues amigos, aí do lado.
segunda-feira, 24 de julho de 2006
Confirmado. Ta lá
Cléia fez hoje o primeiro exame de ultrasson. A criança tem 2,15 cm, mas tá lá. Eu vi. Parece mais com um feijão do que com gente de verdade, mas já tem cabeça, uns toquinhos de braços e pernas e um coração funcionando a 170 batidas por minuto. Está tudo bem com mãe e filho.
domingo, 23 de julho de 2006
De meninas e novos donos da casa
Antes de tudo um aviso. Corro o risco de virar um daqueles pais chatos que falam só dos filhos, mas como já disse, o blogue é meu e aqui eu escrevo o que eu quero.
Ainda não caiu direito a ficha. Não achávamos que aconteceria tão rápido, depois que abandonamos os métodos contraceptivos em abril. Mas já está ali, se formando, ainda pequeno demais para se parecer com um ser humano. Dois meses de gestação. Confesso que resisti à idéia de ter filhos, por não me sentir capaz de ser pai, em vários aspectos. Mas afinal, quem é? Se tanta gente tem sucesso em condições mais duras, por que eu não conseguiria? Espero aprender. Vou tentar fazer o melhor que puder.
Os possíveis nomes já foram escolhidos.
O de menina agradou todo mundo: Nina.
O de menino é mais polêmico: Xavier.
Nina parece ter origem na palavra italiana ninna, que quer dizer simplesmente menina. É um nome relativamente comum na Alemanha e combina com os sobrenomes Schmitz (da mãe) e da Costa (do pai). A inspiração veio no nome de uma amiga alemã, que mora em Bonn.
Xavier tem origem basca e significaria novo proprietário da casa. Nada mais apropriado, diga-se. A inspiração é antiga, veio de um sobrenome acrescentado voluntariamente por meu avô materno ao próprio nome (não sei a razão, talvez apenas porque achasse bonito). Muita gente estranha, porque no Brasil é mais usado como sobrenome. Mas Xavier se impôs sozinho.
Ainda não caiu direito a ficha. Não achávamos que aconteceria tão rápido, depois que abandonamos os métodos contraceptivos em abril. Mas já está ali, se formando, ainda pequeno demais para se parecer com um ser humano. Dois meses de gestação. Confesso que resisti à idéia de ter filhos, por não me sentir capaz de ser pai, em vários aspectos. Mas afinal, quem é? Se tanta gente tem sucesso em condições mais duras, por que eu não conseguiria? Espero aprender. Vou tentar fazer o melhor que puder.
Os possíveis nomes já foram escolhidos.
O de menina agradou todo mundo: Nina.
O de menino é mais polêmico: Xavier.
Nina parece ter origem na palavra italiana ninna, que quer dizer simplesmente menina. É um nome relativamente comum na Alemanha e combina com os sobrenomes Schmitz (da mãe) e da Costa (do pai). A inspiração veio no nome de uma amiga alemã, que mora em Bonn.
Xavier tem origem basca e significaria novo proprietário da casa. Nada mais apropriado, diga-se. A inspiração é antiga, veio de um sobrenome acrescentado voluntariamente por meu avô materno ao próprio nome (não sei a razão, talvez apenas porque achasse bonito). Muita gente estranha, porque no Brasil é mais usado como sobrenome. Mas Xavier se impôs sozinho.
quinta-feira, 20 de julho de 2006
Estamos grávidos!
Comunico que no início de março deve aportar ao mundo um pequeno herdeiro (ou herdeira) do patrimônio cultural (já que econômico tá difícil) deste que vos blogueia. Sra. Cléia Schmitz, aquela que divide comigo as alegrias, tristezas e despesas de casa, espera um rebento há mais de um mês, soubemos agora.
domingo, 2 de julho de 2006
A Ilha em duas versões
Agora tenho dois textos publicados que tratam do mesmo assunto sob as perspecitivas distintas do jornalismo e da ficção. O AN Capital de hoje traz uma pequena reportagem, resultado de entrevista com dois especialistas em mudanças climáticas, sobre os reais efeitos que o aquecimento global pode ter sobre uma cidade como Florianópolis. A versão ficcional está em A Ilha.
sábado, 1 de julho de 2006
O Globo
Nos próximos dias, começo a publicar reportagens em mais um jornal. Fechei um trabalho de freelancer fixo como correspondente de O Globo em Florianópolis.
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