Mauro Sampaio*
Não são poucos os que gostariam de desaparecer nas festas de Natal e Ano Novo. O frejo do consumo, o reencontro com amigos e familiares, a ceia, a troca de presentes, os fogos, a gritaria, os abraços e beijos, as promessas e esperanças renovadas causam um efeito indesejado. Ao invés de êxtase, tristeza.
É difícil encontrar uma resposta para esse revertério psicológico. Nem uma boa análise cura. O que atenua é saber que não se é o único no planeta a ficar triste quando parece decretado que todos devem estar felizes. O mesmo sintoma ocorre no Carnaval. Embora um momento seja para expressar a fé (aparentemente) e o outro, desregramento, ambos reúnem pessoas e envolvem toda a coletividade.
O congraçamento universal incomoda involuntariamente um grande grupo, que gostaria de seguir seu ritmo de vida sem recesso para troca de gentilezas muitas vezes fingidas. O Natal e o Ano Novo chegam a deprimir pessoas. Praticamente ninguém consegue se esconder nessa época. O retiro ficou para o Carnaval e quem o faz normalmente são os padres e pastores.
Papai Noel bem poderia esquecer uma vez na vida de fazer ho-ho-ho. O mundo ocidental bem poderia esquecer uma vez na vida que o ano passou e está na hora de trocar o calendário. Indo, sem translação, como a estrela que vaga anos-luz da Terra. Uma nova experiência entre a humanidade e sua nave.
Impossível desejo que se faz quando é chegada a hora de dizer feliz Natal e feliz Ano Novo. Para não ficar triste, só há um jeito: participar de coração aberto desse faz-de-conta que a vida proporciona. Fechar os olhos e acreditar em coisas boas. Abraçar e se deixar abraçar. Desejar bem aos outros. Chorar, se não tiver jeito. Mas jamais dizer que está triste. Vai passar.
É difícil encontrar uma resposta para esse revertério psicológico. Nem uma boa análise cura. O que atenua é saber que não se é o único no planeta a ficar triste quando parece decretado que todos devem estar felizes. O mesmo sintoma ocorre no Carnaval. Embora um momento seja para expressar a fé (aparentemente) e o outro, desregramento, ambos reúnem pessoas e envolvem toda a coletividade.
O congraçamento universal incomoda involuntariamente um grande grupo, que gostaria de seguir seu ritmo de vida sem recesso para troca de gentilezas muitas vezes fingidas. O Natal e o Ano Novo chegam a deprimir pessoas. Praticamente ninguém consegue se esconder nessa época. O retiro ficou para o Carnaval e quem o faz normalmente são os padres e pastores.
Papai Noel bem poderia esquecer uma vez na vida de fazer ho-ho-ho. O mundo ocidental bem poderia esquecer uma vez na vida que o ano passou e está na hora de trocar o calendário. Indo, sem translação, como a estrela que vaga anos-luz da Terra. Uma nova experiência entre a humanidade e sua nave.
Impossível desejo que se faz quando é chegada a hora de dizer feliz Natal e feliz Ano Novo. Para não ficar triste, só há um jeito: participar de coração aberto desse faz-de-conta que a vida proporciona. Fechar os olhos e acreditar em coisas boas. Abraçar e se deixar abraçar. Desejar bem aos outros. Chorar, se não tiver jeito. Mas jamais dizer que está triste. Vai passar.
*Jornalista nascido em Teresina (PI), trabalha (mesmo) no Congresso Nacional.