O tráfico internacional de drogas e armas para o Brasil, que alimenta a violência de nossas grandes cidades, certamente vai continuar, mas pelo menos encontrará uma barreira a mais para entrar no território nacional a partir de amanhã. O Congresso aprovou a Lei do Abate, que permite à aeronáutica derrubar aviões não autorizados a voar no espaço aéreo brasileiro, conforme a edição de hoje do Jornal do Brasil. A aeronáutica vai utilizar aviões Supertucano, fabricados pela Embraer e equipados com metralhadoras 762. Os Supertucanos alcancam 600 km/h e dão conta do recado, segundo a Aeronáutica. Caso invasores usem aviões mais rápidos, a força aérea pode utilizar caças Mirage. A derrubada de aviões seguirá um procedimento padrão, com a ordem para pouso, tiro de advertência, tiros na carenagem e finalmente, se houver insistência do avião clandestino em desobedecer, a explosão da aeronave. O portal do Estadão traz uma animação interessante para demonstrar esses procedimentos. Organizações de direitos humanos já protestam, lembrando o caso da missionária americana e sua filha que morreram ao terem seu avião derrubado, por engano, pela força aérea peruana. O fato é que um país do tamanho do Brasil precisa ter controle de seu território, não só do espaço aéreo, mas também da imensa costa, onde a fiscalização é ainda mais deficiente.
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