Estas eleições completam um ciclo de 20 anos desde o fim do regime militar, em 1984. Prestes a atingir os 21, a democracia brasileira dá alguns sinais de chegar à maioridade. Isso, é claro, na visão de um otimista incorrigível, apesar de tudo. Alguns fenômenos interessantes estão acontecendo na política brasileira. Um deles, já muito comentado, é a crescente polarização entre PT e PSDB, fruto certamente das últimas três eleições presidenciais. São dois partidos que, bem ou mal, têm projetos para o país, concordemos ou não com eles. Na visão de Ricardo Setti, em artigo publicado hoje no saite no mínimo, há outro fenômeno importante em curso: a derrocada do malufismo. Para Setti, mais do que um líder ou grupo político, é um estilo de governar que está sendo derrotado nas eleições de São Paulo.
Aqui em Florianópolis, talvez seja cedo para dizer isso, mas parece haver uma troca de lideranças políticas. Esperidião Amin (PP) perdeu há dois anos a reeleição para o governo. Sua esposa, Angela Amin, há dois mandatos na prefeitura da capital, não conseguirá fazer o sucessor, ao que tudo indica. Já o neo-tucano Dário Berger é o elemento novo. Renunciou ao segundo mandato consecutivo na prefeitura da vizinha São José para ser candidato na capital. Venceu o primeiro turno com larga vantagem, enfrentando nomes conhecidos da política local. Sufocado pelos Bornhausen no PFL, partido pelo qual se elegeu duas vezes em São José, migrou para o PSDB, onde começa a se afirmar como principal liderança, ou pelo menos como político bom de voto. Seu partido, o PSDB, já venceu em Joinville e São José e, se levar a capital, controlará três das quatro maiores cidades, afirmando-se como nova força no Estado. Até onde ele vai?
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