quinta-feira, 29 de junho de 2006

Urubici


Estive no último fim de semana em Urubici, na serra catarinense, visitando algumas das mais belas paisagens por aqui. A foto acima é do Morro da Igreja, o segundo ponto mais alto do Sul do Brasil, com 1.822 metros acima no nível do mar (o primeiro é o Morro da Boa Vista, ali do lado, sem acesso ao topo). Ali ficam duas torres da Aeronáutica com radares que controlam todo o tráfego aéreo da região Sul. Urubici tem outros bons lugares para visitar, como o Morro da Cruz e a impressionante Serra do Corvo Branco, uma estrada sinuosa impressionantemente escarpada na montanha. Mais ao sul, entre os municípios de Bom Jardim da Serra e Lauro Müller, voltamos para casa pela Serra do Rio do Rastro, um dos principais pontos turísticos do Estado. É uma versão mais civilizada do caminho quase selvagem da Serra do Corvo Branco.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

O nome do jornal

Parece mesmo que a RBS não vai brincar em serviço. De acordo com nota publicada no Comunique-se, o marketing do novo jornal do grupo em Florianópolis vai chegar forte às ruas antes do primeiro exemplar. Os veículos da rede devem fazer uma promoção para escolher o nome do diário popular, que entraria em circulação no segundo semestre. Comenta-se que o Notícias do Dia, outro jornal popular lançado há três meses pelo SBT, estaria roubando leitores do Diário Catarinense (o mais lido de Santa Catarina, também da RBS), o que teria apressado os planos do grupo em colocar na rua um concorrente direto.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

O Popular da RBS

A reação da RBS não levou três meses. Em março, a Rede SC, retransmissora do SBT em Santa Catarina, lançou um jornal popular em Florianópolis, o Notícias do Dia. Foi um relativo sucesso. O jornal é vendido a apenas R$ 0,50 o exemplar, só nas ruas (não há assinaturas) e segue uma linha bem popularesca (futebol, polícia, fofoca, apelo sexual, serviço), além de atuar em sinergia com duas rádios e uma TV da mesma rede (até então só a RBS fazia isso).

Agora a RBS vai lançar seu próprio jornal popular. Líder de audiência (em TV e rádios) e de leitura (com dois jornais), além de ser a afiliada da Globo em Santa Catarina, o poderoso grupo gaúcho está preocupado como o minúsculo Notícias do Dia. Mas isso é típico da cultura da empresa, que presta muita atenção a qualquer concorrente debaixo de sua asa. Resta saber se a Rede SC vai comprar a briga ou tirar o time de campo.

terça-feira, 20 de junho de 2006

Universidade

Grupos de professores e alunos das áreas de ciências humanas em universidades estatais (como a UFSC, onde eu estudo História, depois de me formar em Jornalismo), vivem bradando contra o risco de "privatização". Apontam acusatoriamente para os departamentos das áreas tecnológicas, por receberem dinheiro de empresas privadas para pesquisas. Acho que essas críticas partem de um conceito equivocado sobre o que seja público e privado. Não interessa de onde vem o dinheiro, mas sim para onde ele vai. Se um departamento é totalmente financiado por recursos do Estado, mas não beneficia a sociedade com seu trabalho, ele não é uma instituição pública. Foi privatizado por uma corporação de funcionários, que recebe salários do Estado para realizar tarefas inúteis. Uma universidade pública não fica fechada em si mesma. Isto é um exemplo. Se pelo menos os cursos de ciências humanas se preocupassem com as escolas para as quais formam professores...

segunda-feira, 19 de junho de 2006

De volta para a África

Adeptos politicamente corretos de teorias conspiratórias têm com o que se ocupar nessa Copa do Mundo. Duas seleções negras africanas foram flagrantemente roubadas pelos juízes em favor de times de brancos europeus. A primeira foi a Costa do Marfim, na derrota por 2 a 1 pela Holanda. Os dois pênaltis não marcados a favor dos africanos poderiam ter invertido o placar e deixado a Costa do Marfim (eliminada) com chances razoáveis de passar às oitavas. Hoje, a história quase se repetiu com Togo, no jogo contra a Suiça. Outros dois pênaltis não marcados pelo árbitro paraguaio. Será que alguém vai chiar, ou esse pessoal não assiste futebol?

domingo, 18 de junho de 2006

Brasil (não é sobre a Copa)

É difícil hoje em dia encontrar um político pronto a dizer algo que valha a pena ser ouvido. Mas sempre existem as exceções. Não é perda de tempo reservar meia hora para ouvir isto.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Avaí na Copa

A última das cinco seleções com técnicos brasileiros estreou hoje na Copa do Mundo: a Arábia Saudita (que aliás, tem 11 brasileiros na comissão técnica). O treinador é Marcos Paquetá, que comandou o Avaí em 2004. Isso quer dizer o seguinte: absolutamente nada.

Isso sim é estréia

Esqueçam o que eu disse antes sobre o futebol europeu. A Espanha acaba de salvar a honra do velho continente.

terça-feira, 13 de junho de 2006

Copa do Mundo

Nem vou falar do 1 a 0 do Brasil sobre a Croácia hoje. Nem mesmo para dizer que acertei o placar (achei que o gol seria da Croácia, mas isso não vem ao caso). Agora, por conta da tal tabela que vou preenchendo aqui em casa a cada jogo, tenho acompanhado a maioria dos jogos e me arrisco até a algumas opiniões. Por exemplo: já não seria tempo de reduzir a proporção de seleções européias na Copa do Mundo? É de se pensar nisso quando assistir Coréia do Sul x Togo (já ouviu falar de Togo, um risquinho na costa ocidental da África?) é um espetáculo mais interesante que França x Suíça. A Europa tem em seus campos o melhor futebol do mundo, mas os melhores jogadores não são os europeus. Ter 14 equipes européias entre as 32 seleções começa a parecer demais.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Copa em quadrículas

Estou começando a ficar preocupado com uma coisa. Desconfio que sofro de um transtorno obsessivo-compusivo (TOC) - colocar sigla em doença já é, em si, uma doença - que me compele a preencher formulários. Sou do tipo que faz a própria declaração de imposto de renda - e da esposa - todo ano. Participo sempre daquelas promoções que você recebe pelo correio, tem que preencher uma porção de quadrículas com letras de fôrma e procurar uma caixa de correio para enfiar o envelope com porte pago. Quando criança, tinha um caderninho em que anotava a pontuação dos pilotos de Fórmula 1 prova a prova, somava o desempenho e ainda fazia cálculos de probabilidades. Agora a Cléia me fez o favor de colocar na parede uma tabela da Copa. Assim que termina cada jogo sou compelido a anotar o resultado e os pontos da partida. E eu, que nem sou muito de acompanhar futebol, saí hoje com um radinho para saber o resultado de República Tcheca x Estados Unidos. E ainda levei uma outra tabelinha, de bolso, para anotar na hora que o radinho informasse o resultado. Será que é sério?

domingo, 11 de junho de 2006

Educação e Energia

De acordo com o colunista Kennedy Alencar, da Folha, esses seriam os dois principais motes de um eventual segundo governo Lula. É uma boa notícia.

sábado, 10 de junho de 2006

De volta

O Casa Proença, do amigo Giancarlo, volta à lista de blogues amigos aí do lado. O autor venceu a preguiça e voltou a escrever. Recomendado aos leitores do Bobagera.

terça-feira, 6 de junho de 2006

Graduação

A educação brasileira é deficiente, em parte, porque os professores têm formação deficiente. E isso acontece, também em parte, porque muitos professores universitários de universidades públicas - responsáveis pela formação da massa dos profissionais do ensino fundamental e médio - não dão importância aos cursos de graduação. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) encerrou ontem seu Censo Bibliográfico da Graduação. Trata-se de uma pesquisa entre os professores dos cursos de graduação da UFSC para que indiquem os livros a serem comprados para os acervos da instituição. Pois apenas 20% dos professores responderam. E quem usa as bibliotecas da UFSC sabe que a razão disso não é a abundância de livros. É puro descaso com a graduação. A maioria dos professores prefere dedicar-se à pesquisa, disputando assim algumas verbinhas federais extras. Isso resulta num grande volume de papers, mas não necessariamente em retorno à sociedade.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

A Ilha

Entre março e maio deste ano publiquei, inicialmente no +D1, depois aqui, a série de ficção A Ilha, em 24 minicapítulos, especialmente para um blogue. Minha amiga Ana Paula Luckman, em comentário a um dos primeiros posts da série, sugeriu que eu publicasse os textos em papel. Acabei de fazer quase isso. Seguindo uma dica de outro amigo, o jornalista Alexandre Gonçalves, coloquei um linque aí do lado, na lista de Dicas, que abre um arquivo em formato pdf com o texto integral de A Ilha. Agora é possível baixar o texto inteiro no computador ou imprimir. Reproduções são permitidas, desde que citado o autor.