terça-feira, 20 de junho de 2006

Universidade

Grupos de professores e alunos das áreas de ciências humanas em universidades estatais (como a UFSC, onde eu estudo História, depois de me formar em Jornalismo), vivem bradando contra o risco de "privatização". Apontam acusatoriamente para os departamentos das áreas tecnológicas, por receberem dinheiro de empresas privadas para pesquisas. Acho que essas críticas partem de um conceito equivocado sobre o que seja público e privado. Não interessa de onde vem o dinheiro, mas sim para onde ele vai. Se um departamento é totalmente financiado por recursos do Estado, mas não beneficia a sociedade com seu trabalho, ele não é uma instituição pública. Foi privatizado por uma corporação de funcionários, que recebe salários do Estado para realizar tarefas inúteis. Uma universidade pública não fica fechada em si mesma. Isto é um exemplo. Se pelo menos os cursos de ciências humanas se preocupassem com as escolas para as quais formam professores...

Um comentário:

ph disse...

Excelente, Carlitão. Só tem que alertar a moçada do Universidade Aberta que há dois erros na legenda da foto: não é "Banco Central", mas "Mundial"; e o Wolfowitz não está à direita, mas à esquerda, já que a referência está no pobre coitado do leitor (à esquerda de quem está lendo). Parabéns ao Cauan.