sábado, 9 de dezembro de 2006

Roterdã

A Ilha - tempestades

Parte 3

V

O prédio da NGOC fica numa elevação, um semicírculo envidraçado com vista para a região do aeroporto de Roterdã. Kalvelage saiu do elevador para um amplo saguão, com uma parede formada por janelas, deixando a iluminação natural encher o ambiente. Não que houvesse muita luz do lado de fora. Os dias tem sido mais sombrios que ensolarados. E também mais frios. O departamento de Climatologia Global começa a chegar a algumas respostas para os dois fenômenos.

O cientista entrou numa sala com paredes brancas, para aproveitar melhor a luminosidade. Encontrou-se com um colega e lhe perguntou sobre como ia o trabalho.

- Os dados dos jesuítas são impressionantes, considerando a época em que foram levantados. Eles aproveitaram bem a presença da ordem em vários continentes para espalhar seus padres-cientistas e montar uma rede global. - disse o colega. - Isso nos ajuda muito a entender o que está acontecendo hoje.

Os dois cientistas deixaram a sala. Tinham um compromisso. A NGOC lançaria oficialmente dali a pouco um braço empresarial, com nome bem parecido ao de uma antiga companhia holandesa fundada no século 17: Vereeridge Neederlandsche Geocitoyeerde Oast Compagnie (VOC).

Gilmar Linhares esperava...

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