domingo, 4 de janeiro de 2009

Guerra em Gaza

Guerras não têm justiticativa. São um recurso extremo adotado pelos estados quando a diplomacia torna-se incapaz. Ninguém quer entrar numa guerra e nenhuma guerra é justa. Mesmo assim, é preciso compreender as guerras, o que não significa aceitá-las. Ou chega-se à conclusão, tão falsa quanto ingênua, de que todos os generais e soldados são idiotas.

É fácil condenar Israel no caso dos ataques em Gaza: um estado "atômico", que ignora solenemente resoluções da ONU porque tem grandes aliados com poder de veto no Conselho de Segurança — o mais notável deles, claro, os Estados Unidos.

A superioridade bélica de Israel também é indiscutível, comparada a vizinhos que nem sequer contam com um governo independente (Cisjordânia e Faixa de Gaza), quanto mais um exército. São grupos de guerrilheiros empunhando rifles AK-47, bombas amarradas ao corpo e foguetes soviéticos de curto alcance e poder de destruição limitado contra alguns dos combatentes mais experientes e bem armados do mundo.

Mais do que as armas, Israel usa como estratégia de defesa duas grandes cartas de que dispões no cenário político internacional: a forte influência da comunidade judaica na política americana e o remorso europeu. A Comunidade Européia (notadamente alemães e italianos, mas também ingleses e franceses) é impedida de posicionar-se contra um estado judeu por uma barreira psicológica. Os europeus ainda carregam a culpa pelo morticínio da Segunda Grande Guerra.

Mas Israel pode não ter outra alternativa contra um vizinho que tem a destruição do estado judeu como objetivo declarado. O Hamas, grupo árabe que controla a Faixa de Gaza, jamais abandonou essa posição — ao contrário da Fatah, facção palestina no controle da Cisjordânia, que negocia com Israel e admite conviver com judeus ao lado. 

O Hamas não chama Israel de "estado", mas de "entidade sionista". É uma referência ao sionismo, movimento criado por judeus europeus no fim do século XIX em torno do sonho de reunir os judeus dispersos pela Europa num território próprio, que resultou na fundação de Israel com aval da ONU, após o holocausto.

Para o Hamas, Israel não pode existir como Estado e tem de ser destruído. Os judeus devem sair. Vivos ou mortos. Tal posição não decorre de um simples preconceito antijudeu, mas do fato de que a criação de Israel ser considerada uma invasão do território palestino ocupado por árabes há dezenas de séculos. Com a saída dos britânicos, que dominaram a região até a Segunda Guerra, os palestinos esperava ter a terra onde viviam para si — e não dividi-la com judeus europeus, que sequer têm relação étnica (apenas religiosa) com os antigos habitantes da região. 

Mas como Israel pode negociar com um inimigo que só aceita como solução do conflito a eliminação do oponente? O que fazer quando esse inimigo, ainda que incapaz de levar a cabo tal "solução final", ataca com foguetes e homens-bombas o território de um estado reconhecido pela ONU? Qual é o limite aceitável de uma reação militar nesse cenário? Nâo são perguntas tão fáceis de responder.

Um comentário:

Eros Gaspar disse...

Os que defendem as barabaridades provocadas por Israel, tem como principal argumento que os que são contra, apoiam os terroristas, se tiver alguem que apoia o Hamas esse deveria esta preso, então saiam detraz dessa desculpa, e encare o fato que 40% das vitimas são civis e crianças, e são esses e NÃO TERRORISTAS, que as pessoas aqui defendem, ou vocês são tão burros para não perceber isso!?

Eu admiro o povo Judeu, a minha biblia enaltece a historia de seus antepassados desde Abraão até Israel, pasando por Jose e outros grandes homens de Deus.

Israel pensa que as armas irão resolver o problema que eles tem com a palestina, todo o resto do mundo sabe que não funcionara, mais Israel teima, eu me colocando na pele de um jovem palestino, sem pespectiva e nenhum futuro, tambem preferiria morrer como um martire, assim teria me vingado de um povo que me cercou, não deixou que me levassem alimentos, matou as crianças e mulheres de meu pais e ocupou sem pena nem piedade meu territorio.

È facil critivar os jovens palestino, e chamalos de estupidos e ignorantes, o dificil é entender a sua vida e o seu sofrimento, o hamas tem 15 mil homens em suas fileiras, os palestino são 4,2 milhões, existe a velha frase, "Os inocentes pagam pelos pecadores", mas do jeito que esta logo não havera inocentes.

Israel por ter sido um pais perseguido, poderiam ser exemplo em respeitar o direito dos outros, pois ja sentiram na pele o que é serem perseguidos e mortos, mas não, eles devem achar que por terem uma historia de perseguição tem o direito de impor a outros povos, o mesmo que lhes foram impostos, falta de liberdade, escasses de alimentos e campos de concetração, o povo de Deus poderia amar mais os seus proximos, enquanto a desculpa que é aniquilar o hamas, acho que com tanta tecnologia é possivel chegar a esse intento de atacar os terrostitas sem matar crianças e civis.

Israel é acusado de usar armas poderosas em áreas civis; usar armas proibidas, como bombas incendiárias de fósforo; usar famílias palestinas como escudos humanos; atacar instalações médicas; e matar grandes números de policiais sem papel militar, e abrigar palestinos na Faixa de Gaza e depois atacar a casa, com mulheres e crianças.

É a ONU que esta acusando, e não os terroristas do hamas nem o povo palestino, e tomara que alguns lideres israelensses apodreçam na cadeia.