A Ilha - tempestades
Parte 2
VIII
O cientista sentou-se desconfortavelmente em frente ao delegado, uma irritação mal disfarçada no rosto quase oculto pela barba loura e os óculos.
- Espero que tudo se resolva logo, delegado. A polícia já me fez perder um vôo.
- Sinto pelo transtorno, sr. Kalvelage. Vai acabar mais rápido se o senhor colaborar - Pacheco estendeu um papel ao estrangeiro. - Poderia ler em voz alta? A tradução para o português está embaixo.
Kalvelage observou o papel por um segundo, com surpresa, antes de pegá-lo. Começou a ler e sua expressão voltou a ser de irritação.
- Isso é um absurdo! Violação de correspondência! - vociferou Kalvelage, acrescentando dois ou três impropérios em alemão.
- Não é um absurdo quando temos autorização judicial - respondeu o delgado, com voz calma, mas firme. - Leia, por favor.
Mesmo irritado, Kalvelage obedeceu. A cópia de um e-mail dele próprio para a NGOC começava com a frase:
Já tenho os dados da Companhia de Jesus que faltavam...
Parte 3
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