Encontrei uma figura muito curiosa quando estive em Buenos Aires, na semana passada. Trata-se de um taxista que apresenta-se como "Don Enrique". Descendente de bascos, é filho de pai portenho e mãe de Santa Fé, no interior argentino. Nascido em Buenos Aires e trabalhando há 30 anos nas ruas, conhece tudo da cidade e fala pelos cotovelos. Diz que fez muitos amigos brasileiros - que o chamam de "Riquinho" -, escreve poesias e recita algumas delas para os passageiros. E são boas, sempre falando sobre as ruas, os amores e personagens que correm nas artérias da cidade. Carrega dezenas de folders e material com informações turísticas no táxi, ao alcance da mão, e está sempre pronto a responder qualquer dúvida ou dar boas dicas de programas. Um figuraço. O cartão que ele distribui aos passageiros - sempre novos amigos - traz escrito: "Optimo servicio. Experiencia. Don Enrique. Su guia y Colaborador en Buenos Aires. City Tours - Tango - Airport - Tours de Compras", acompanhado do número da licença, telefones e e-mail. Traz ainda o desenho de um carro que mais parece uma limusine. Riquinho nos fez companhia por não mais que 15 minutos, numa viagem de táxi entre Puerto Madero e uma estação de trem. Mas foi o programa mais divertido de Buenos Aires.
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